É preciso amar Maria
É preciso casar João
É preciso viver sem rima.
Três verbos, dois seres, quatro versos. É simplicidade de flor. Tu que és João, que és ninguém, que és só mais um– precisa, por imposição da vida, amar, pois é só o que te faz João Sobrenome, sim, meu senhor, as hortas pouco valem. Beleza de flor.
E a Maria– que é ninguém, que acompanha os versos verdadeiros– só existe se ama; portanto, a repetição "É preciso" em todos os versos remete ao fato de ser lei; sim, és obrigado a amar.
"É preciso viver sem rima" é preciso correr sem seguir a trilha. Liberdade. Entretanto, os versos acabam por rimar; representa a dificuldade de se posicionar contra o sistema, pois torna-se natural ser formiga operária, e não flor.
Apropriei-me. "É preciso amar Maria".
ResponderExcluirQue lindo. Dá um alivio correr sem seguir a trilha. Liberdade, meu sonho maior.
Beijos doces