domingo, 12 de junho de 2011

Orinoco

Fado o que me resta do Negro-azul. Das ruas salpicadas de chuva me lembro e redemoinho, cambaleante, sossegado em mim como de costume, quase tradição, assim, meio melancólico meio sem jeito, sabe, pois é o jeito que me resta, e , inconclusivo do jeito repetitivo que sou, perdi o fio da meada.
Esses ladrilhos, esses lenços perdidos que vivo a encontrar nas paralelas do parque, vêm de longe, vêm do ponto azul do mundo. E, sem rumo do jeito que sou, cato os amarillos em meio do outono, vou juntando assim os severinos nos bolsos nos sonos e vejo que não posso sequer tocá-los, tudo se esvai, inefáveis, e sem jeito do jeito que sou, me desculpo muito e tanto e grave melódico perdoo as gotas que se caem de mim. Hei de enxergar essas cores de Dias? meu pai disse que existem, e teimoso do jeito que sou, tímido com meus olhos tão grandes, faço dos esconderijosilencios do parque o meu instante maior de vida. Do jeito que sou, desatento português, brinco com o verde do tempo e me curo. 

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